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Professora utiliza método de ‘imersão’ em aulas particulares de inglês para todas as idades


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Como um bebê tem contato com sua língua materna e aprende a falar? Com músicas, conversas sobre diversos temas, e afeto. Foi pensando nisso que David Marsh, da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, criou em 1994 o método de aprendizagem chamado ‘Content and Language Integrated Learning’ (CLIL, em tradução livre, ‘aprendizagem integrada de conteúdo e língua’) para ensino da segunda língua. Em Cuiabá, a professora particular Lucia Antonieta, 28, decidiu utilizar o método para ensinar inglês de forma agradável e fluida.

Lucia é formada em engenharia de alimentos e estuda letras com habilitação em francês. Durante alguns anos, no entanto, foi professora de ensino bilíngue em inglês em uma escola infantil, onde teve contato com o CLIL. “Percebi que era um método muito mais eficaz de aprender, deixar a gramática um pouco de lado e focar só no listening, no reading, essas coisas que realmente é o que faz uma pessoa aprender inglês”, conta.

Ela mesma aprendeu inglês sozinha. “Na verdade eu não percebi que estava aprendendo inglês, justamente porque eu consumia muita coisa em inglês, mas eu nunca tive condições de pagar nenhuma escola de línguas. Então talvez isso seja bom, porque eu me desamarrei dessas regras de que a aula de inglês tem que ser assim ou assado. Quando eu me dei conta que eu sabia falar inglês, eu fui trabalhar na Copa do Mundo, através de uma agência, e descobri que realmente rolava falar inglês, que eu conseguia”, lembra. “Quando eu me candidatei a professora da escola foi que eu realmente me encontrei na profissão. Eu gostei muito de lecionar, e por isso que eu busquei letras, porque é o caminho que eu quero seguir”.

Hoje, a professora não está mais ligada à escola, e por isso decidiu utilizar as mesmas técnicas que tinha para ensinar crianças, para dar aulas particulares para pessoas de todas as idades. Nas aulas de método CLIL, é o aluno que indica qual é seu tema de preferência. “O aluno escolhe um tema, que pode ser algo que ele esteja vendo na faculdade, pode ser sobre viagem, série, alguma coisa que ele goste de aprender. Ele me fala esse assunto, eu preparo uma aula em cima dele. Por exemplo, ontem eu preparei uma aula de atualidades e viagens, então eu tentei unir os dois assuntos pegando uma notícia dos Estados Unidos e juntando com o turismo da Flórida. Eu elaborei toda uma aula com notícias, com vídeos, abordando todas as áreas, de reading, writing, speaking e listening, mas dentro desse assunto, porque é mais prazeroso aprender com um assunto que a gente gosta, um assunto que a gente domina, entende, do que ficar em verbo to be, past simple, etc”.

As aulas são feitas com um material impresso preparado por Lúcia, que também utiliza meios audiovisuais e deixa tarefas para casa. As técnicas variam de acordo com a idade do aluno. “Ele [o método] se baseia no conhecimento prévio do aluno. Não conhecimento de língua, mas do assunto que está sendo trabalhado. Então, por exemplo, para uma criança de quatro anos, a gente pode dar uma aula de como amarrar os sapatos. Então eu ficaria uma aula dando os comandos, ensinando os truques de amarrar os sapatos, com todo o vocabulário em inglês. E a criança aprende duas competências numa aula… além da língua, ela aprende a amarrar os sapatos. Para um adulto, um adolescente, a gente pode, inclusive, trabalhar com reforço da escola, por exemplo, com uma aula de matemática, ministrada em inglês, pela professora particular”.

O principal aspecto da aula do método CLIL é que ela é dada toda em inglês, na maior parte das vezes. A exceção é em aulas para adultos que não tem nenhuma noção da língua. Neste caso, é feito um nivelamento e, depois disso, uma imersão parcial. “Para crianças de até nove anos não há necessidade de falar português na aula, porque eles têm uma capacidade de absorção e fazem um esforço maior pra tentar te entender. E eles também não conseguem muito bem associar que você fala português… Se você fala só em inglês desde o início, ela vai achar que você só fala daquele jeito, e vai tentar te entender, tentar se comunicar com você dessa forma”, explica.

As regras gramaticais, explica Lucia, são ensinadas de forma natural, e só depois que o aluno já tem fluência. “Porque é igual quando a gente é alfabetizado quando criança. A gente primeiro aprende o vocabulário, quando a gente é bebê, vai aprendendo palavras ouvindo e falando, depois a gente vai pra escola, aprender outras habilidades, e aí por último que a gente aprende a escrever, construir textos, ortografia e gramática”.

O método CLIL é utilizado pela União Europeia, e foi escolhido em acordo governamental. “Eu li um artigo na Polônia, por exemplo, que diz que eles aprendem inglês nas escolas públicas com esse sistema, de cinco aulas semanais com a abordagem CLIL. Eles pegam os assuntos que as crianças e adolescentes estão vendo na escola regular e transferem pra uma aula em inglês”, exemplifica.

As aulas de Lúcia serão dadas na casa da pessoa (em Cuiabá ou Tangará da Serra), na biblioteca da UFMT ou no bistrô-bar Metade Cheio. Também é possível fazer aulas via Skype. O preço da hora/aula varia de R$65 a R$80, dependendo do local e do método. A professora indica que o aluno faça pelo menos uma aula por semana, mas pode ser mais.

Para mais informações e matrículas: (65) 99969-4808 / INSTAGRAM 

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